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Entenda mais sobre a vitamina D e sua importância

A vitamina D é uma substância lipossolúvel, derivada do colesterol, que forma a estrutura básica dos esteroides. São classificadas como secoesteroides por apresentarem anéis clivados. Pode-se encontrá-la em duas formas, ergocalciferol (D2) e colecalciferol (D3).

As fontes de vitamina D2 são provenientes de plantas e fungos, enquanto a forma D3 é proveniente de tecido animal (peixes e vísceras) e da síntese endógena a partir do colesterol sintetizado através do estímulo da luz solar sobre a pele, que comparada com a ergocalciferol, permanece na corrente sanguínea o dobro do tempo.

Crianças e jovens que fazem atividades ao ar livre pelo menos duas a três vezes por semana, geralmente produzem toda a vitamina D necessária. Já os idosos encontram maior dificuldade de sintetizá-la devido a pele perder progressivamente sua capacidade de síntese.

Segundo cientistas, há conhecimento de 41 metabólitos da vitamina D e um hormônio principal, a 1,25 (OH)2 D3, que atua como ligante para o fator de transcrição nuclear VDR regulando a transcrição gênica e a função celular em múltiplos tecidos. Há indícios de que 3 % do genoma humano seja regulado pela 1,25 (OH)2 D3.

A vitamina D possui um papel fundamental para o metabolismo do cálcio, formação óssea, participação da manutenção da homeostasia, como crescimento e diferenciação celular de linfócitos, macrófagos e células Natural Killer (NK).

Estudos recentes têm evidenciado a importância da vitamina D para o sistema imunológico por estar ligada a funções essenciais do organismo. Sua deficiência pode estar relacionada a diversas patologias, como doença cardiovascular, câncer, doenças autoimunes e doenças endocrinometabólicas.

Nos linfócitos T, um dos efeitos mediados pela 1,25(OH)2D3 é o aumento da produção de interleucinas (IL4, IL5 e IL 10), inibição de proliferação de linfócitos T, secreção de citocinas e progressão do ciclo celular. Enquanto que nos linfócitos B, ocorre a expressão do VDR e supressão de IgE.

Alguns papéis da 1,25(OH)2D3 nos monócitos, macrófagos e células dendríticas são o aumento da capacidade quimiotáxica e fagocítica de monócitos e de citotoxicidade contra bactérias e células tumorais, inibição de citocinas pró-inflamatórias, efeito inibitório das moléculas de expressão MHC classe II, entre outros.

De modo geral, a 1,25(OH)2D3 atua no sistema muscular, promovendo o desenvolvimento normal do músculo esquelético e melhorando a força muscular, promove a regulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, estimula a secreção da insulina nas células β do pâncreas estimula síntese de peptídeos antimicrobianos e incita a resposta das células T e dendríticas, melhorando o sistema inato e adaptativo.