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Os SMARTWATCH monitoram a saúde?

Não é por acaso que a Apple lançou o evento Apple Watch Series 8 em setembro e recebeu uma enxurrada de cartas de consumidores dizendo que foram salvos pelo relógio.

Histórias desse tipo estão se tornando mais comuns – e não são exclusivas dos dispositivos da marca.

Smartwatches geralmente oferecem a capacidade de medir frequência cardíaca, atividade física, Oxímetro, níveis de estresse e até bioimpedância (leituras de composição corporal, gordura, massa magra e água) Mas essas análises são realmente precisas?

Tilt entrevista Paulo Puccinelli e Gabriel Ganme, médicos do esporte e jurados convidados do Tilt Lab Day, nosso evento que avalia os melhores smartwatches do mercado Quem curte usar um smartwatche no dia a dia pode ficar tranquilo.

Sim, de forma mais ampla, você pode confiar no monitoramento de saúde, disse Puccinelli. “Talvez esta tecnologia, esta forma de tratar a saúde com um smartwatche, seja uma das principais revoluções.

Essa gamificação da saúde é muito oportuna”, disse. Ganme também acredita que esses relógios funcionam bem dentro das recomendações mais convencionais e limitadas.

“Há um nível de imprecisão. Mas vestido adequadamente, com a orientação certa, você pode usá-lo”, disse ele.

Ambos os médicos alertaram que o dispositivo não substitui uma avaliação médica. Isso porque seus resultados diferem daqueles medidos por equipamentos profissionais.

Portanto, vale a pena atualizar as verificações de script – bem como quando sintomas específicos são detectados.

Batimentos cardíacos

Os smartwatches podem detectar a frequência cardíaca por meio de luz específica e contato do sensor com a pele do pulso.

Segundo Ganme, para os diagnosticados com arritmias cardíacas, o acessório pode monitorar um eletrocardiograma — mesmo com algumas limitações.

Nesse caso, por exemplo, os cardiologistas aconselham os pacientes a usar esses relógios no dia a dia.

Com uso frequente, “os relógios inteligentes são uma ferramenta importante para os médicos avaliarem de forma abrangente a saúde de um indivíduo”, disse Puccinelli.

É importante enfatizar que o exercício aeróbico regular pode prevenir problemas cardíacos.

E é aí que esses dispositivos eletrônicos podem ajudar muito – por exemplo, quando se trata de contar os passos de um usuário.

“É uma tecnologia muito legal. Está cientificamente comprovado que contar de 7 a 10.000 passos no final do dia pode reduzir o risco de morrer de doença cardiovascular”, disse Puccinelli.

Bioimpedância

Bioimpedância No modelo tradicional, o paciente coloca os pés e as mãos sobre eletrodos (sensores metálicos) e o aparelho envia uma estimulação elétrica de baixa voltagem para inferir os percentuais de gordura, massa muscular e água. 

Existem quatro pontos de comunicação (mãos e pés) através do sistema elétrico. Em um smartwatch, há apenas um caminho de transmissão.

Em um relógio inteligente, existe apenas um caminho de transmissão.

O usuário coloca o dedo no botão lateral do relógio, e ele envia um estímulo elétrico que percorre o corpo e as costas, fechando a corrente no mesmo ponto em que começou.

Infelizmente, esta versão “compacta” da técnica não é muito precisa. “Existem alguns problemas, justamente pela limitação de apenas uma via de medição.

Ela pode trazer dados diferentes da bioimpedância tradicional”, disse Puccinelli. No entanto, o médico destacou um uso mais informal: se a pessoa fizer um teste de bioimpedância com certa frequência por meio de um smartwatch, ela consegue perceber um padrão de resultados que pode servir de referência para detectar qualquer alteração.

Oxímetro

Os Oxímetro ganharam popularidade durante a pandemia de covid-19 ao medir o oxigênio no sangue.

Em um Oxímetro compacto (do tipo que se compra em farmácia), o aparelho utiliza a luz para observar a cor do sangue chegando à ponta do dedo.

Em um relógio inteligente, existe apenas um caminho de transmissão.

Os dedos têm mais vasos sanguíneos do que os pulsos medidos por smartwatches. Mas Ganme aponta que o princípio é o mesmo.

“A precisão da maioria dos relógios modernos é muito semelhante à de um Oxímetro de dedo simples. No entanto, os Oxímetro [totalmente presos ao dedo] usados ​​em hospitais são ainda melhores”, acrescentou.

Medir apenas com Oxímetro não é suficiente para diagnosticar a covid-19, lembra Ganme, e há parâmetros mais importantes nessa análise. 

Se a pessoa apresentar algum sintoma, significa procurar ajuda médica.

A função Oxímetro no relógio é mais interessante e pode monitorar as atividades diárias de pacientes com doenças crônicas específicas, doenças pulmonares ou problemas geriátricos.

Pressão arterial

Uma funcionalidade recente na tecnologia de smartwatches promete aferir a pressão com o auxílio do relógio.

Ele precisa ser utilizado com um equipamento complementar — que faz a pressão no braço. No entanto, não substitui a leitura feita por um equipamento profissional.

“Utilizar como uma medida específica pontual não é válido”, explica Puccinelli. E completa lembrando que a pressão arterial precisa ser medida por uma pessoa que tenha habilidade para isso, porque é um ponto delicado e muito importante do diagnóstico e tratamento médico.

Stress e ansiedade Nesse caso, o parâmetro principal utilizado pelos relógios é frequência cardíaca, avaliando variações ou irregularidades no padrão — ou seja, por exemplo, detectar batimentos muito altos sem estar em movimento.

Isso pode ser interpretado pelo aparelho como uma questão relacionada com ansiedade ou stress.

Como usar os Smartwatche

É fundamental utilizar o aparelho de forma correta para proporcionar uma medição mais precisa no monitoramento da saúde.

A recomendação é manter a superfície das luzes de LED e infravermelho (na parte de trás do smartwatche) em contato completo com a pele.